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Você faz parte do grupo que supervaloriza o esforço? Cuidado! (por Gabriel Carneiro Costa)

 

Não me iluda! Livro

 

O esforço não pode ser maior do que a alegria da conquista. O esforço não pode valer mais do que aquilo que nos tornamos. Não pode ser maior do que a alegria da conquista. Quando entendi essa lógica, passei a dar mais ênfase às coisas boas que me aconteciam do que ao esforço em si. Deslocar o esforço para uma posição meio, e não mais fim.

Ganhar ou perder se torna quase irrelevante, pois o importante mesmo é mostrar que lutamos.

O paradoxo dessa ideia é que, na outra ponta, pude perceber que existia apenas um único ponto em comum com todos os clientes que passaram pelo meu trabalho: todos queriam uma vida mais fácil.

Fico pensando, então, que se todos desejam uma vida mais fácil, por que colocamos demasiado valor no esforço? Se o que eu tiver para contar aos outros for o quanto eu me esforço para ser quem sou, nunca terei uma vida mais simples. São lados opostos. A simplicidade é o inverso da complexidade. E é na promoção da complexidade que mostramos como somos esforçados.

A verdade é que não temos permissão para admitir que queremos uma vida mais fácil. Isso se tornou uma referência à vagabundagem, à acomodação e à preguiça. Mas são coisas completamente diferentes. Workaholics podem ter uma vida simplificada, sem grandes esforços diários, quase como uma luta. Deve ser por isso que muita gente, ao se cumprimentar, faz questão de dizer “ando na luta”, “na batalha”, “matando um leão por dia”… Em algum ponto de suas consciências, isso deve dar um significado de pessoa com valor.

 

Livro: Não me iluda! Até onde são reais as promessas da autoajuda e da vida perfeitamente idealizada?, de Gabriel Carneiro Costa. Editora Integrare.

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